Páginas

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011



A vida inventou mesmo de me dar uma lição definitiva. Não, não e não adianta tentar trapacear. Estamos, em suma, a viver um jogo de mão única, pautado em apostas incertas, em lances de azar e em questionamentos vindouros. Até ontem me vangloriava pela minha condição de felicidade, até ontem as coisas me sorriam sem motivo aparente, até ontem, mesmo, estava tudo certo pra dar tudo certo, pra coisas do tipo: viajar com magnólias, pular com macacos, atrapalhar-se com girafas animadas.  Mas, aí está a vida em sua peculiaridade, tão desejosa de nos enganar ela, trata inicialmente, de fazer com que sintamos a doce ilusão da felicidade. E não bastasse essa ilusão ela inventa as mais virtuosas peripécias e, como num lance de revolta, tal vida bem vivida e bem sábia de todos os meandros da safadeza, trata de nos derrubar. Paf! Estamos de volta no nível dos igualados; é meu caro. Viver tem dessas, é sendo derrubado que se aprende e é estando no mesmo nível que se subjuga aos mandamentos incertos desse doce viver.

Nenhum comentário:

Postar um comentário