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quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

"ArejAí"



Não estou disposto a amizades voláteis, a pessoas que vem e vão, a flores que me encantam e imediatamente me entristecem por murcharem. Não! Estou em dívidas comigo mesmo por ter passado um longo tempo esperando a graça das pessoas, o prometido riso do passarinho, "a sorte de um amor tranquilo". Decidi dar mais tempo às coisas que não tem tempo marcado e curtir a duração despretensiosa daquilo que não tem pretensão alguma. Sim! É assim meu caro, estou pronto pra pular janelas, correr atrás de cão vira-lata serelepe, gritar pela Dona Cila e ouvir, sereno, o seu cântico. Quero uma vida dessas de incertezas pacíficas, não mais aquela indecisão violenta, tão atentada em me perturbar. Insisto em pensar num amor diferente, mas não persisto, tolo, na ideia de correr desesperado à sua procura; quero mais é que o tal do amor venha ao meu encontro e que tranquilos possamos desfrutar a beleza de um viver arejado.

Um comentário:

  1. Corcordo demais contigo. Tem coisa melhor do que ver filhotes de gato brincando despretensiosamente, e a gente ficar rindo achando que aquela "encenação" é feita pra gente? haha, também cansei das rosas que teimam em murchar, em me murchar na verdade. Bonito texto, bela lição pra vida...

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