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quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Depois do sonho

Naquela noite eu estava no auge do meu sonho quando insistentemente fui obrigado a levantar da minha cama fria. Eu sabia que seria uma tarefa árdua, ter que sustentar o meu corpo cansado, calçar as sandálias e paulatinamente contra toda minha vontade me dirigir à mesa do café. Minhas pernas estavam a ponto de sucumbir ao meu desejo voraz de voltar aquele sonho, tão cheio de surpresas, um sonho que por mais revelador que tenha sido me fez um bem do mal. Não sei se os sonhos são relatos meramente fictícios de invenções da nossa mente. Mas são enigmáticos em toda sua trama, incrustado de situações por nós esperadas, mas que repentinamente acaba por acabar. Talvez aqueles que nos acordam nos momentos mais intensos dos sonhos sabem que não podemos ir além. Não no sentido de interromper desejos ou um direito de sonhar, mas sim no sentido de barrar aquilo que pode nos decepcionar. Sei que mesmo assim, após acordado caminhei até a mesa e ainda assim continuei em estado de sonolência como se as coisas que ali me alimentariam fossem feitas para me manter nesse estado de viver o que intensamente me pesa.

6 comentários:

  1. Os sonhos são tudo aquilo que vamos viver.
    ou vivemos sonhos bons são para poucos.
    os delirantes então?
    você tem sorte.

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  2. Oi Samuel gostei muito do seu blog e estou te seguindo. Me segue também? Beijos e paz!

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  3. Verdade Gíí, os sonhos são como pistas, cabe a nós interpretá-las. Temos sorte!

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  4. Beatriz obrigado pelo elogio, já estou te seguindo também.

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  5. Obrigado Samuel. Sempre que puder passarei por aqui! Um beijo.

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  6. quanta intensidade num simples acordar.
    gosto disso.

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